O álcool, muitas vezes, é considerado por algumas pessoas como um antidepressivo, e ele realmente pode ter efeitos significativos na saúde mental e psicológica, mas não de forma positiva como muitos imaginam.
Estudos indicam que o consumo de álcool está associado a transtornos mentais, como ansiedade e depressão, podendo agravar essas condições em longo prazo (Sousa, 2023). Além disso, o álcool pode interferir na qualidade do sono, levando a distúrbios do sono e insônia, especialmente em idosos (Moreno et al., 2018). A combinação de álcool com outras substâncias, como antidepressivos, pode potencializar os efeitos adversos e aumentar os riscos à saúde (Sousa, 2023).
O consumo de álcool tem um impacto significativo no cérebro, afetando diversas funções cognitivas e comportamentais. O efeito do álcool no córtex pré-frontal, é especialmente relevante. O córtex pré-frontal é uma região do cérebro que desempenha um papel crucial na tomada de decisões, no controle de impulsos, na regulação emocional e no planejamento de comportamentos futuros. Estudos indicam que altas concentrações de álcool no sangue causam diminuição da atenção, falsa percepção de velocidade, euforia, aumento do tempo de reação, sonolência, diminuição da visão periférica e alterações neuromotoras, resultando em perda da capacidade de dirigir (Busch et al., 2023). É por isso que quando a gente bebe, às vezes acabamos fazendo umas escolhas meio erradas e perdendo o controle das emoções. Focar a atenção também fica uma tarefa difícil.
O álcool atua estimulando o GABA-alfa, resultando em inibição no cérebro, o que leva ao relaxamento, sedação e afeta a memória e os movimentos (Santos & Perusse, 2022). Essa ação do álcool no sistema nervoso central pode explicar os efeitos de ansiedade, dificuldades orgânicas e disfunções sexuais observadas em pessoas que consomem álcool (Júnior & Costa, 2021). Além disso, o consumo abusivo de álcool está associado a uma diminuição da expectativa de vida e a diversos transtornos relacionados ao álcool, como a intoxicação alcoólica aguda (Wagner & Andrade, 2008; Figueiredo et al., 2021).
Além disso, o álcool pode desencadear problemas de saúde mental em diferentes dimensões da vida dos indivíduos, afetando não apenas a saúde física, mas também a saúde mental, social e familiar (Resende et al., 2022). O uso de álcool em conjunto com medicamentos pode resultar em interações perigosas, aumentando os riscos de eventos adversos e insucesso terapêutico (Silva et al., 2021).
Portanto, é crucial reconhecer que o álcool não é uma solução para problemas emocionais ou psicológicos, mas sim um fator que pode agravá-los. Entender os efeitos nocivos do consumo excessivo de álcool na saúde mental e física é o primeiro passo para uma vida mais equilibrada e saudável. Buscar ajuda profissional e apoio social é fundamental para aqueles que lutam contra transtornos mentais ou dependência de substâncias.
Lembre-se sempre: a verdadeira saúde mental e emocional vem de cuidar de si mesmo de maneiras que promovam o bem-estar a longo prazo, e o álcool geralmente não faz parte dessa equação. Seja gentil consigo mesmo e com os outros, e lembre-se de que buscar ajuda não é um sinal de fraqueza, mas sim de coragem e autenticidade. Sua saúde mental é valiosa e merece ser priorizada.
References:
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